O cenário em que se desenrola The Boat That Rocked é o mesmo de We’ll Take Manhattan (que eu já resenhei aqui), só que focado na música, é claro: a Inglaterra dos anos 60. Um país extremamente aristocrático que renegava a música pop/rock (pensem em Beatles, Rolling Stones e afins) e priorizava a música clássica. Claro que os mais jovens não estavam felizes com isso. Para satisfazer esse público, nasceram as rádios piratas.
A Radio Rock, a primeira delas, funcionava num navio ancorado no Mar do Norte e era dirigida por Quentin. Quando Carl, seu afilhado, é expulso da escola, ele é mandado para lá pela mãe porque é claro que um antro de perdição como uma rádio pirata vai endireitar alguém. Ele é bem recepcionado por todos os disk jóqueis (da onde vem o termo Dj), principalmente por Simon, que logo se torna seu melhor amigo.
Enquanto isso, em Londres, um ministro do Parlamento decide fechar a rádio por achar que é algo imoral e uma má influência sobre os jovens. Assim, ele instrui seu subordinado a encontrar alguma brecha na lei que ajude a tornar a rádio ilegal. Com isso, ele proíbe empresas britânicas de fazerem comerciais na rádio, que pode falir sem esse dinheiro. Para que isso não aconteça, Quentin traz de volta Gavin, um famoso Dj que tinha se aposentado e conta com um imenso fã clube. Os empresários não podem perder essa oportunidade, pois a rádio ganha ainda mais popularidade com a volta de Gavin, então eles passam a pagar suas contas do exterior e continuam investindo na rádio.
Porém, nem tudo são flores. Conde, um dos principais Djs da rádio, se sente ameaçado pelo comeback de Gavin e eles começam uma rixa. Nesse meio tempo, descobrimos que Carl é bv (TOM STURRIDGE BV???? I DON’T SEE THAT HAPPENING) e os outros Djs tentam ajudá-lo a mudar isso. Acontece que periodicamente, um barco leva garotas tietes ao barco da rádio para que os Djs não se sintam tão sozinhos. E é claro que eles tentam arranjar umazinha pro Carl quando isso acontece, mas não dá certo. Eventualmente, ele é apresentado a Marianne, sobrinha de Quentin, por quem ele se apaixona de imediato.
Com o passar do tempo, a rádio se torna mais e mais popular com diferentes faixas estárias e classes sociais. Além das músicas, a vida dos Djs também se torna uma atração, visto que eles narram tudo em seus programas. É claro que esse sucesso só faz enfurecer mais ainda o ministro, que não desiste de acabar com a rádio, contando com várias tentativas frustradas. Isso culmina num final eletrizante e que me matou do coração todas as vezes que eu assisti o filme. Contar mais que isso já seria spoiler, então vamos aos detalhes técnicos!
Todos os Djs são peculiares, começando por Simon, que é a pessoa mais fofa do mundo, passando por Conde, que basicamente respira música, até Gavin, que é um garanhão e é capaz de levar centenas de garotas a loucura só com o som do abrir de seu zíper. E como se isso não bastasse… TOM STURRIDGE. Gente, esse cara é um pe-ca-do. E o personagem dele, Carl, é todo inexperiente e tal. Ou seja: fofura máxima.
E o figurino do filme tá impecável! Claro que a maior parte do elenco é masculina, mas mesmo assim fica claro o perfume 60s: muito terninho e jaqueta e até cabelo tigelinha! E quando as meninas vão visitar o barco é uma festa de tubinhos, minissaias, botas brancas, cabelos de colmeia e afins. Tudo muito caprichado e bem pensado, gostei de ver!
E pesquisando sobre o filme descobri queeeeeee tchanranran FOI INSPIRADO NUMA HISTÓRIA REAL! Na vida real, a rádio se chamava Radio Caroline e alguns dos personagens do filme foram inspirados em pessoas que realmente existiram e faziam parte da rádio. E pasme: ela ainda existe!!! Aqui vocês podem ler uma entrevista de um dos membros da rádio na década de 60 onde ele fala sobre o cotidiano do navio e sobre a época em que tudo aconteceu (vale a pena ler!).
The Boat That Rocked é um dos meus filmes favoritos. Tudo é impecável: a história, os personagens, o figurino, a trilha sonora etc etc. E quem quiser ver pode achá-lo tanto com esse nome quanto como Pirate Radio. Boa sorte!
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