Eu cheguei a esse filme por acaso. Na verdade, eu estava procurando uma comédia romântica bem leve pra passar o tempo, mas quando abri minha lista de gravações da Tv a cabo descobri que não tinha nenhuma. Resolvi assistir esse só porque estava sem nada pra fazer. E no final fiquei com uma sensação de por que eu não vi esse filme antes?
Tão Forte, Tão Perto (nome em português do filme) é a história de um menino que perde o pai no atentado de 11 de Setembro. Ele era o melhor amigo do garoto e deixa um vazio imenso na vida dele. Oskar é muito inteligente e por isso o pai costumava organizar expedições, que nada mais eram do que brincadeiras em que ele tinha que resolver algum tipo de mistério para achar alguma coisa.
Na verdade, a real intenção disso era fazer com que Oskar se comunicasse com os outros. Por ser muito esperto e diferente das outras crianças de sua idade, ele não tem muitos amigos e é zoado pelos outros. Um ano depois da morte do pai, ele acha um envelope (com o nome Black) com uma chave dentro do bolso de uma roupa do pai. Ele trata aquilo como a última expedição que o pai deixa pra ele e sai em busca do tal Black para descobrir do que se trata.
Ele procura todas as pessoas que tenham o nome Black em Manhattan e vai a casa delas para perguntar se conheceram seu pai ou se sabem algo sobre a chave. Os encontros com essas pessoas são muito diferentes: alguns alegres, outros emocionantes e outros mal sucedidos. O que importa é que o pai dele realmente conseguiu o que queria: fazer com que ele interagisse com os outros. E é impressionante como ele consegue tocar as pessoas emocionalmente (tanto para o bem quanto para o mal) e em consequência, tocar o expectador. O primeiro encontro, por exemplo, se dá de forma tão simples, mas é tão bonito, que me deixou de olhos marejados o que não é muito difícil, but still.
No final das contas, Oskar se vê envolvido com pessoas que ele nem conhece, mas que se sensibilizam com sua história. E na tentativa de ficar mais próximo de seu pai falecido, ele acaba se aproximando de sua mãe (que geralmente ficava em segundo plano) e de uma pessoa que aparece em sua vida do nada, mas que rapidamente se torna muito importante.
O filme é todo pontuado por flashbacks envolvendo o pai de Oskar que nos mostram a relação deles dois e como ele era um cara excepcional. Isso só nos faz ficar mais apegados a Oskar e mais emocionados cryyyyyyyyy. E bem, eu sei que a maior parte da crítica especializada teceu comentários negativos sobre o filme, mas eu, sinceramente não vejo nenhum erro. E é por essas e outras que nunca serei crítica de nada, hahaha.
Gostaria de destacar a atuação de Thomas Horn e Max von Sydow, sendo esse último indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por esse filme. Max dá um show com um personagem que não fala uma única palavra no filme todo, mas mesmo assim, diz tudo. Claro que não se poderia esperar menos de um cara que fez vários filmes com Ingmar Bergman.
And then there’s Thomas Horn. Ele é brilhante, assim como seu personagem (Oskar), e conseguiu a chance de fazer os testes para o filme depois de ganhar um game show de perguntas e respostas. Ele tinha 13-14 anos na época das filmagens, mas realmente parecia ter 11 anos, idade do personagem. E é impressionante como um menino tão novo (eu, a velha) e estreante consegue chegar a um nível emocional tão grande, de modo que envolve todos em seu mundo. Palmas!
E depois disso tudo, só tenho uma coisa a dizer (e quem viu o filme vai entender): oito minutos.
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