sábado, 30 de novembro de 2013

Sound of Noise


Sound of Noise é um filme sueco de 2010, escrito e dirigido por Johannes Stjärne Nilsson e Ola Simonsson. Conta a história de um grupo de músicos que promovem intervenções musicais na cidade em que vivem, muitas vezes de forma ilegal. Por isso, passam a ser investigados por Amadeus Warnebring, um policial que vem de uma família de músicos e nunca teve talento para a música.

Amadeus é, sem sombra de dúvidas, o personagem mais interessante do filme. Nascido numa família musical, foi estimulado a desenvolver uma veia artística desde criança, mas nunca teve tino para a música, nem tampouco gosta dela. O que Amadeus realmente gosta é do silêncio. Quando se vê confrontado com crimes praticados por um grupo de músicos, parece que a própria música voltou para assombrá-lo. É irônico como os pais o chamaram de Amadeus (o nome de um dos maiores gênios da música, Mozart) na esperança de ter mais um músico na família, sendo que ele se revelou um fracasso nisso.

Esses não são músicos quaisquer. Liderados por Sanna, eles tocam uma peça composta por um dos outros músicos, sendo todos eles bateristas.  A proposta é levar boa música para a cidade, pois eles acreditam que a música que circula ali não é a ideal. Assim, eles tomam lugares públicos de assalto, “roubando” sons cotidianos a favor da música. Baseada na ideia de John Cage de que todo som pode constituir música, a peça é toda feita de ruídos e barulhos do dia a dia, que juntos, formam a melodia. 

O movimento final, criado pelo próprio Amadeus, é apoteótico e envolve a cidade de uma maneira que a peça criada pelos outros músicos não o faz (pois esta acontece em espaços isolados e para um limitado número de pessoas, enquanto aquela pode ser ouvida em todos os cantos). E mais do que musical, é visual, pois além da música, faz uso das luzes da cidade. É como se toda a cidade fosse transformada numa escultura sonora, criada por Amadeus e tocada pelos bateristas. Assim, Amadeus aprende que qualquer um pode fazer música, mesmo que não se tenha o suposto “dom musical”, no sentido tradicional.

Sound of Noise é um filme excelente, tanto para quem gosta, quanto para quem não gosta de música.



E quem quiser assistir o filme, pode ver no Youtube clicando nesse link aqui (o filme está com legendas em inglês).

domingo, 24 de novembro de 2013

O Livro das Princesas


Consegue imaginar a minha ansiedade quando soube que Meg Cabot e Paula Pimenta iriam fazer um livro juntas? E agora imagina quando eu soube que era sobre conto de fadas?! Surtei totalmente! Quando finalmente comprei na bienal, eu demorei um pouco para ler, pois estava com medo de ficar decepcionada, mas não fiquei (só com essas duas autoras).
Mas já posso dizer qual é a melhor parte? É a orelha do livro em que a Princesa Mia Thermopolis (O Diário da Princesa) apresenta os contos pra gente! Você pode ler essa apresentação nesse post. Como é dividido em quatro contos, vou comentar um pouco sobre cada um deles.


A Modelo e o Monstro – Meg Cabot
A minha escritora favorita escreveu logo sobre o meu conto de fadas favorito, A Bela e a Fera, mas esse não foi o meu conto favorito do livro. Sim, eu também fiquei surpresa quando reparei nisso! Acho que foi porque não dá tempo de você acreditar no amor deles. Eu entendo que não é um livro e as coisas têm que acontecer rápido, mas pra mim foi rápido até demais! Se fosse um livro completo só sobre essa historia, eu tenho certeza que ia me apaixonar.
Esse conto fala sobre a Belle que é modela desde cedo pra ajudar o seu pai a pagar as dívidas de hospital por causa da sua mãe. Enquanto está em um cruzeiro com o seu pai, sua recém-madrasta e sua nova irmã, ela conhece Adam que, é claro, tem uma aparência diferente. Preciso dizer que adorei a sua irmã e o Gus!

Princesa Pop – Paula Pimenta
O meu conto preferido! Sou apaixonada pela escrita da Paula e adoro as suas séries de livros. Ela ambientou o conto da Cinderela tão bem nos dias de hoje, que é impossível não acreditar no amor dos protagonistas. Paula, um livro só sobre esse casal, por favor! Ah e como eu odeio a madrasta, fiquei com vontade de entrar no livro só pra poder bater nela.
Cintia Dorella não acredita no amor graças à traição do seu pai e tem uma implicância com o novo cantor sensação, Prince. Ela mora com a sua tia desde que sua mãe viajou e trabalha como DJ no fim de semana. Devido a proibição do uso de celular na escola, ela não tem como falar com a mãe que foi trabalhar no Japão e vai pedir ajuda ao seu pai, que não fala desde do divórcio.
Adorei tudo no conto, a forma em que ela conheceu Frederico, o porquê de ela ir embora a meia noite, a forma com que ele procura por ela, o final e etc etc.

Eclipse do Unicórnio – Lauren Kate
Tenho os três primeiros livros da série Fallen aqui em casa e depois desse conto, fiquei com menos vontade de ler ainda. Foi o pior pra mim e até agora não entendi porque a autora inventou tudo isso. Custava fazer a história da Bela Adormecida sem ter algo sobrenatural como as outras autoras?
A história tem dois pontos de vista. Percy foi abandonado pela ex namorada e não queria viajar com a turma pra Paris. Talia foi amaldiçoada quando criança e tinha que encontrar alguém e tem um unicórnio no meio disso. Sinceramente, eu nem lembro dessa história direito, porque eu sofri pra ler até o final.

Do Alto da Torre – Patrícia Barboza
Nunca li nada dessa autora também, mas gostei do jeito que ela escreveu sobre a Rapunzel. Tinha tudo pra ser ótimo, mas acho que o problema foi o pouco número de páginas do seu conto. Foi tão curtinho, o menor de todos.  O mais legal da história não foi o romance, mas a parte do cabelo. Camila não pode cortar o cabelo até os quinze anos, graças a uma promessa que a sua madrinha fez.  Adoro romances entre melhores amigos e esse não foi diferente.


E qual foi o conto preferido de vocês?

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Guia de apreciação da Mary Kate Wiles


Você provavelmente já a conhece. Mary Kate Wiles ficou famosa ao interpretar Lydia, uma das irmãs da Lizzie, em The Lizzie Bennet Diaries e em seu spin-off The Lydia Bennet! Mary Kate é basicamente a rainha do Youtube!!!! Sério, gente, ela está em TUDO. E é por isso que eu decidi escrever esse post, para que nós possamos apreciar a awesomeness da MK. Let’s GO!

A Mary Kate tem 25 anos (I KNOW RIGHT???? QUEM DIRIA) e se formou em Teatro e Inglês pela USC e também estudou na British American Drama Academy, na Inglaterra. Além de atuar, MK também canta e dança! I mean, o que ela não faz?

Ela começou sua dominação do Youtube ao atuar em LBD, mas quase na mesma época, ela também fez Squaresville, uma websérie sobre duas amigas que moram numa cidade pequena e mal podem esperar pra sair dali. Essa série é diferente de LBD porque não é um vlog, onde os personagens falam de suas vidas. É uma série normal mesmo, onde a vida e as situações cotidianas dos personagens são filmadas e mostradas pra gente.


A série teve duas temporadas até agora e espero que mais estejam por vir. Além dos episódios normais, eles também fizeram alguns monólogos dos personagens da série, que são muito legais e interessantes! O canal de Squaresville no Youtube é todo trabalhado em vídeos extras, como behind the scenes, questions and answers e coisas do tipo. Vale a pena dar uma olhada (e assistir todos os episódios)!

Outro projeto em que MK está envolvida é o Loosely Bolted (canal aqui), uma colaboração entre ela e Rachel Kiley, que escreveu alguns episódios de LBD. A proposta é fazer vídeos com script e alguns vlogs, mas pra isso, elas precisam de dinheiro pra equipamentos e stuff. Então elas lançaram uma campanha no Indiegogo pra financiar o projeto e conseguiram todo o dinheiro necessário, yaaay!. Mas alguns vídeos já foram postados e eu recomendo MUITO que vocês assistam os musicais de 30 segundos!

  

Neles, a MK improvisa um musical baseado em alguma coisa, como filmes e séries. O meu preferido é o de Sherlock (e eu nem assisti essa série, haha). Notem que elas ainda não têm os melhores equipamentos do mundo, então os vídeos não são profissionais, mas acho que elas fazem o melhor que podem.

Mas enquanto Loosely Bolted não começa pra valer, você pode assistir a mais nova incursão da MK no mundo das webséries: The Goreys! A série é um vlog da Tory Gorey (personagem da MK) que o terapeuta dela pediu que ela fizesse. Ela tem duas irmãs, Esther e Abigail. Mas o mais legal é que... ELAS SÃO GÓTICAS!!!! Bom, Esther e Tory são, mas Abigail é uma líder de torcida, ou seja, a escória da família. E ser gótica envolve muito preto, maquiagem pesada etc etc. Ou seja: o figurino e a caracterização é ótimo! E o melhor de tudo é que a série começou há pouco tempo e só tem cinco episódios até agora, então não tem desculpa pra não assistir (canal aqui)!

                                  Hello Dr. Jacobs - Episode 1

Outra coisa em que Mary Kate esteve envolvida no Youtube foi a websérie School of Thrones, que era uma paródia de Game of Thrones em que os personagens viviam nos dias de hoje e ainda estavam no ensino médio. Eu, particularmente, não gosto dessa websérie, mas se você gosta de GoT, dá uma conferida pra ver o que você acha (canal aqui).

      

E eu estou MUITO ansiosa para Malfalia, uma nova websérie em que ela vai contracenar com a Ashley Clements (a Lizzie de LBD). Ao que tudo indica, a websérie vai ser um musical, ou seja: MORREREI. Pena que não tenho muitas informações sobre, mas espero que seja lançada em breve.

Além de todas essas coisas profissionais, a Mary Kate ainda tem um canal próprio no Youtube onde ela posta covers de músicas legais e fala um pouco sobre sua vida. Ela é igualmente awesome no twitter, onde escreve pérolas como essa:



Claro que Mary Kate não é apenas a rainha do Youtube, ela também fez alguns filmes, como Dreamworld, The Sound and the Shadow e Hello, My Name is Frank. Eu não assisti nenhum, mas tenho certeza que são ótimos por motivos de Mary Kate Wiles, é claro.

E é isso, gente. Espero ter convencido vocês de que Mary Kate Wiles é uma das melhores pessoas desse mundo e que ela merece amor!

E pra fechar com chave de ouro, aí vai o meu monólogo favorito de Squaresville, que é dela!



segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Vamos ser amigas para sempre, Jane?


















The Autobiography of Jane Eyre é uma adaptação contemporânea do célebre romance de Charlotte Brontë. A história se desenrola através de várias plataformas digitais, sendo a principal delas o vlog da Jane. Além disso, tem o Tumblr, o Twitter, o Instagram etc etc.

Mas sobre o que é a websérie? Basicamente, temos uma modernização da história original, igual a de LBD (que foi o tema de um de nossos primeiros posts). Na verdade, no primeiro episódio, Jane nos conta que ela adora os vídeos da Lizzie, por isso resolveu fazer os seus próprios vídeos. E quem é essa tal de Jane?

Jane Eyre tem 21 anos, é formada em Enfermagem e agora está estudando Desenvolvimento Estudantil e morando no campus da faculdade. Até que ela consegue um emprego num site especializado. Ela vai ser tutora de Adele Rochester, uma garotinha que mora numa mansão com os empregados de seu pai, Edward Rochester, que está sempre viajando a trabalho. Para isso, Jane tem que ir morar na mansão (e eu ainda não entendi se ela trancou a faculdade ou se tá fazendo algum esquema pra continuar os estudos).

                                   

Claro que algumas coisas foram adaptadas pra ficarem mais condizentes com os dias de hoje. Se você leu o livro original, sabe, por exemplo, que o parentesco de Adele e Mr. Rochester é mais complicado do que o da websérie. Nessa versão, Jane é canadense, mas conserva alguns hábitos ingleses, como beber chá o tempo todo, o que eu achei muito legal da parte dos roteiristas. Mas de maneira geral, eu acho que eles fizeram um bom trabalho adaptando as situações e costumes dos idos de 1800 para os dias de hoje.

O que eu acho legal em Jane é que a série foi criada por um grupo de estudantes recém-formados, dentre eles a própria Alysson Hall, que interpreta a Jane. Por isso, eles não têm um budget muito considerável, mas acho que eles fazem o melhor que podem com os poucos recursos disponíveis. Eles usam isso a favor da série no quesito qualidade dos vídeos. Jane é nova nesse mundo de vlogs e não tem uma câmera muito profissional. Então ás vezes a câmera falha ou ela não consegue ligar, focar e essas coisas. Eu acho que isso torna a série muito mais realista e intimista do que LBD. Outra coisa que eu faço questão de pontuar é que a vibe de Jane é muito diferente de LBD.

Como foi inspirada num dos livros das irmãs Brontë, é de se esperar que essa série seja mais melancólica e sombria do que LBD. E é mesmo. Jane é mais tímida e introspectiva do que Lizzie e bem mais awkward, mas de um jeito fofo. O ritmo dos episódios - que têm, mais ou menos, de três a seis minutos de duração – é mais lento, mas é fácil de acostumar. Se você conseguir passar pelos três primeiros episódios (principalmente o terceiro... ah, o terceiro!), vai gostar!


Outra coisa interessante e que contribui para o realismo da série é que Jane leva a câmera pra onde ela vai. Seja um passeio pelos arredores da mansão, ou uma festa, a câmera está sempre lá registrando tudo. Seus principais hobbys são fotografia e leitura (!!!!!), sendo que seu livro preferido é O Leão, A Feiticeira e O Guarda-Roupa (das Crônicas de Nárnia). Ela também gosta de Game of Thrones e, num episódio ótimo, ela chega a discutir um pouco sobre os livros com o Mr. Rochester, ou seja <33333

Espero que depois de ter dito tudo isso, eu tenha convencido vocês a assistirem a série! Os episódios vão ao ar toda Quarta-Feira, no canal da Jane no Youtube. Assim como aconteceu com LBD, alguns fãs estão produzindo legendas em português para a série, que você pode conferir no canal da Larissa Siriani (a mesma que legendou LBD). Então não tem motivo pra não assistir e se apaixonar por The Autobiography of Jane Eyre. E pela Jane. Jane, vamos ser amigas para sempre?

E esse é o primeiro episódio! De nada




Canal da Jane | Canal da Larissa | Twitter da Jane | Tumblr da Jane | Instagram da Jane | Site da série