sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Paper Towns



Quem me conhece sabe que eu não sou a maior fã do John Green. Quer dizer, não tenho nada contra o cara em si, mas nunca consegui realmente apreciar seus livros. Meu ódio por Looking For Alaska (Quem é Você Alaska em português) já dura anos e eu não colocaria TFIOS (também conhecido como A Culpa É Das Estrelas) entre meus livros favoritos. Nem mesmo entre os livros que eu gostei. Mas, como esse autor é, basicamente, endeusado, eu resolvi continuar dando chances a ele e ler todos os seus livros. Foi assim que cheguei a Paper Towns (Cidades de Papel em português) e preciso dizer, ou melhor, gritar para o mundo que: EU GOSTEI DE UM LIVRO DO JOHN GREEN!!!!!

Yes, guys, it has happened. Mas sobre o que é esse livro que eu tanto amei?

Quentin sempre foi apaixonado pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman. Quando crianças eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelas ruas do bairro, mas com o tempo se distanciaram. Hoje ela é a garota mais popular da escola e ele é só mais um entre todos os outros. Até que um dia, ela bate na janela do quarto dele no meio da noite e o convoca para participar de um plano de vingança contra outras pessoas da escola. É claro que ele aceita e, assim, eles vivem uma noite de aventuras e Q acha que isso vai torná-los próximos de novo. Mas no dia seguinte, Margo não aparece na escola. E nem no outro.

Quando fica claro que Margo sumiu de vez, Q começa a achar pistas aparentemente deixadas por ela para que ele a encontre. Quanto mais ele procura e quebra a cabeça para encontrá-la, mais ele percebe que a Margo Roth Spiegelman que ele sempre idealizou, em nada tem a ver com a Margo de verdade.

Bem, mais que isso já seria spoiler. Todo o ponto desse livro é que é um mistério!!!! Q não sabe onde Margo foi parar, por que ela fugiu, SE ela vai voltar e por que ele foi o escolhido para achá-la. Realmente é estranho se pensarmos que eles não se falaram durante anos e então de uma hora pra outra, ela aparece no quarto dele, eles passam uma noite incrível juntos e então ela desaparece, deixando pistas pra que ele, of all people, a encontre.

Nós sabemos tanto quanto Q, visto que o livro é contado em primeira pessoa por ele. Então aos poucos vamos descobrindo, junto com ele, novas pistas para o paradeiro de Margo e mais sobre ela. Sobre a Margo de verdade, e não a ideia que Quentin criou sobre ela. E nesse processo de descobrir a verdadeira Margo, Quentin passa a ver as coisas de um jeito diferente e também tenta analisar a si mesmo.

Toda essa dinâmica de buscas, mistérios, locais abandonados, mapas e tudo mais dão ao livro um ritmo de leitura muito rápido e te deixam muito curioso o tempo todo pra saber onde Margo está e o que a levou a fazer tudo isso. Ou seja, o livro é absolutamente devorável. Eu, que sou a pessoa mais lenta do mundo pra tudo (não só leitura), consegui terminá-lo em dois dias!

Outro ponto positivo de Paper Towns são os personagens. God knows o quanto eu odeio basicamente todos os personagens do John Green. Ou melhor, o quanto eu odiava. Porque nesse livro, temos esse amorzinho que é Quentin Jacobsen e pra mim foi impossível não me apaixonar. Q não é dos mais populares, mas também não está no fundo da cadeia social da escola. Ele é só mais um garoto comum, que tem amigos comuns e tem uma crush monumental pela garota mais linda e popular da escola. E aí Margo some e vemos como ele realmente se importa com ela, não como se importaria como uma simples crush, mas do jeito que se importa com quem se gosta de verdade. E ele se empenha tanto para encontrá-la que é realmente bonito de se ver. Além disso, o amor dele por Margo não é o único lado de sua personalidade. Seu relacionamento com os amigos, a família e consigo mesmo também são bem explorados pelo autor.

E sobre a própria Margo, o processo é muito mais interessante. A princípio, não a conhecemos realmente, sabemos apenas o que Q pensa que ela é. Mas com o passar da leitura, vamos descobrindo Margo tanto quanto ele a descobre e assim, ela se torna uma pessoa de verdade e não apenas uma ideia que ele havia criado. E embora ela fosse bem diferente do que eu pensava a princípio, eu acabei gostando da Margo de verdade porque vi um pouco de mim nela. Acho que no final, Margo se tornou mais humana do que mito.

E como esse é um livro de John Green, não podiam faltar quotes memoráveis. Então aqui está a minha favorita, que também entrou para as minhas favoritas da vida:



A boa notícia é que Paper Towns vai virar filme! A adaptação está com estreia marcada para 21 de Julho de 2015 e terá Nat Wolff como Q e Cara Delevingne como Margo. Os demais atores ainda não foram divulgados, mas já estou ansiosa!


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça três blogueiras felizes com uma comentada só!