Quem me conhece sabe que eu não
sou a maior fã do John Green. Quer dizer, não tenho nada contra o cara em si,
mas nunca consegui realmente apreciar seus livros. Meu ódio por Looking For
Alaska (Quem é Você Alaska em português) já dura anos e eu não colocaria TFIOS
(também conhecido como A Culpa É Das Estrelas) entre meus livros favoritos. Nem
mesmo entre os livros que eu gostei. Mas, como esse autor é, basicamente,
endeusado, eu resolvi continuar dando chances a ele e ler todos os seus livros.
Foi assim que cheguei a Paper Towns (Cidades
de Papel em português) e preciso dizer, ou melhor, gritar para o mundo que: EU
GOSTEI DE UM LIVRO DO JOHN GREEN!!!!!
Yes, guys, it has happened. Mas sobre o
que é esse livro que eu tanto amei?
Quentin sempre foi apaixonado
pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman. Quando crianças eles
brincavam juntos e andavam de bicicleta pelas ruas do bairro, mas com o tempo
se distanciaram. Hoje ela é a garota mais popular da escola e ele é só mais um
entre todos os outros. Até que um dia, ela bate na janela do quarto dele no
meio da noite e o convoca para participar de um plano de vingança contra outras
pessoas da escola. É claro que ele aceita e, assim, eles vivem uma noite de
aventuras e Q acha que isso vai torná-los próximos de novo. Mas no dia
seguinte, Margo não aparece na escola. E nem no outro.
Quando fica claro que Margo sumiu
de vez, Q começa a achar pistas aparentemente deixadas por ela para que ele a
encontre. Quanto mais ele procura e quebra a cabeça para encontrá-la, mais ele
percebe que a Margo Roth Spiegelman que ele sempre idealizou, em nada tem a ver
com a Margo de verdade.
Bem, mais que isso já seria
spoiler. Todo o ponto desse livro é que é um mistério!!!! Q não sabe onde Margo
foi parar, por que ela fugiu, SE ela vai voltar e por que ele foi o escolhido
para achá-la. Realmente é estranho se pensarmos que eles não se falaram durante
anos e então de uma hora pra outra, ela aparece no quarto dele, eles passam uma
noite incrível juntos e então ela desaparece, deixando pistas pra que ele, of
all people, a encontre.
Nós sabemos tanto quanto Q, visto
que o livro é contado em primeira pessoa por ele. Então aos poucos vamos
descobrindo, junto com ele, novas pistas para o paradeiro de Margo e mais sobre
ela. Sobre a Margo de verdade, e não a ideia que Quentin criou sobre ela. E
nesse processo de descobrir a verdadeira Margo, Quentin passa a ver as coisas
de um jeito diferente e também tenta analisar a si mesmo.
Toda essa dinâmica de buscas,
mistérios, locais abandonados, mapas e tudo mais dão ao livro um ritmo de
leitura muito rápido e te deixam muito curioso o tempo todo pra saber onde
Margo está e o que a levou a fazer tudo isso. Ou seja, o livro é absolutamente
devorável. Eu, que sou a pessoa mais lenta do mundo pra tudo (não só leitura),
consegui terminá-lo em dois dias!
Outro ponto positivo de Paper
Towns são os personagens. God knows o quanto eu odeio basicamente todos os
personagens do John Green. Ou melhor, o quanto eu odiava. Porque nesse livro,
temos esse amorzinho que é Quentin Jacobsen e pra mim foi impossível não me
apaixonar. Q não é dos mais populares, mas também não está no fundo da cadeia
social da escola. Ele é só mais um garoto comum, que tem amigos comuns e tem
uma crush monumental pela garota mais linda e popular da escola. E aí Margo
some e vemos como ele realmente se importa com ela, não como se importaria como
uma simples crush, mas do jeito que se importa com quem se gosta de verdade. E
ele se empenha tanto para encontrá-la que é realmente bonito de se ver. Além
disso, o amor dele por Margo não é o único lado de sua personalidade. Seu
relacionamento com os amigos, a família e consigo mesmo também são bem
explorados pelo autor.
E sobre a própria Margo, o
processo é muito mais interessante. A princípio, não a conhecemos realmente,
sabemos apenas o que Q pensa que ela é. Mas com o passar da leitura, vamos
descobrindo Margo tanto quanto ele a descobre e assim, ela se torna uma pessoa
de verdade e não apenas uma ideia que ele havia criado. E embora ela fosse bem
diferente do que eu pensava a princípio, eu acabei gostando da Margo de verdade
porque vi um pouco de mim nela. Acho que no final, Margo se tornou mais humana
do que mito.
E como esse é um livro de John
Green, não podiam faltar quotes memoráveis. Então aqui está a minha favorita,
que também entrou para as minhas favoritas da vida:
A boa notícia é que Paper Towns
vai virar filme! A adaptação está com estreia marcada para 21 de Julho de 2015
e terá Nat Wolff como Q e Cara Delevingne como Margo. Os demais atores ainda não foram divulgados, mas já estou
ansiosa!
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